2 de set. de 2011

Saudades

Hoje tomo um golinho de saudades. Acordo na urgência de rever entes queridos que já se foram. Doce despedida. Lembro-me bebê, criança, adolescente tocando e sendo tocada por outros seres. Como somos marcados! Lembranças felizes e , outras, dolorosas. Minha jornada, meus caminhos e descaminhos; sempre alguém comigo e me espreitando ou se afastando até eu não mais poder ver. Morte também são os rumos diferentes que cada um segue. Morte sou eu que me esforço em me ver em tempos antigos. Quantas vezes renasci? Se estou no devir, perco a essência e me transformo em história. Na verdade, tenho medo de ser esquecida.
Marisa Speranza