17 de jun. de 2007

Domingo


Domingo e preguiça. As vozes das crianças se fazem presentes com a imobilidade de agora. Amanhã será meu encontro com o pão meu de cada dia: responsabilidade. Antes, ao acordar, arregalarei os olhos e esticar-me-ei para sentir que ainda tenho um corpo; não sou apenas feita de sonhos. Sinto que preciso descansar. Preciso deixar fluir minha sensibilidade e estar de bem com o mal. Fazer nada é bom. Fazer tudo é ruim. Quero equilíbrio. Não quero perder-me em papéis. Não quero ser apenas literal. Quero ser metáfora para a existência alheia. Quero abrir a porta e encontrar-me no Outro. Paz absoluta, mesmo que seja relativa.

Marisa Speranza

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